terça-feira, 29 de junho de 2010

A Cal

Tipos e usos da "Cal"

A maioria da cal produzida no Brasil resulta da calcinação de calcários/dolomitos metamórficos de idades geológicas diferentes; geralmente muito antiga (pré-cambriana) e possie pureza variável. As cales provenientes de calcários sedimentares e de concheiros naturais recentes participam de maneira subordinada na produção. Em geral, na região sul-sudeste predominam as cales provenientes de dolomitos e calcários magnesianos, e na região nordeste-norte-centro, as resultantes de calcários calcíticos. O principal produto da calcinação das rochas carbonatadas cálcicas e cálcio-magnesianas é a cal virgem, também denominada cal viva ou cal ordinária. O termo cal virgem é o consagrado na literatura brasileira e nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, para designar o produto composto predominantemente por óxido de cálcio e óxido de magnésio, resultantes da calcinação, à temperatura de 900 a 1200ºC, de calcários, calcários magnesianos e dolomitos. A cal virgem é classificada conforme o óxido predominante conforme a seguir:

Cal virgem cálcica: óxido de cálcio entre 100% e 90% dos óxidos totais presentes.
Cal virgem magnesiana
: Teores intermediários de óxido de cálcio, entre 90% e 65% dos óxidos totais presentes.
Cal virgem dolomítica
: teores de cálcio entre 65% e 58% dos óxidos totais presentes.

No mercado global da cal, a cal virgem cálcica predomina, particularmente, pela sua aplicação nas áreas das indústrias siderúrgicas, de açúcar e de celulose. Todas elas são comercializadas em recipientes (plásticos, metálicos e outros) ou a granel, na forma de blocos (tal como sai do forno), britada (partículas de diâmetro 1 a 6 cm) ou moída e pulverizada (85% a 95% passando na peneira 0,150 mm). Outro tipo de cal muito comum no mercado é a cal hidratada. Ela é composta por um pó de cor branca resultante da combinação química dos óxidos anidros da cal virgem com a água. É classificada conforme o hidróxido predominante presente ou, melhor, de acordo com a cal virgem que lhe dá origem:

Cal hidratada cálcica
Cal hidratada magnesiana

Cal hidratada dolomítica


A cal hidratada, geralmente, é embalada em recipientes plásticos ou em sacos de papel Kraft (com 8,20 kg e 40 kg do produto), possuindo granulometria de 85% abaixo de 0.075 mm. No Brasil, as diversificadas áreas de consumo de cal são supridas por mais de 200 produtores distribuídos pelo País. A capacidade de produção de suas instalações varia de 1 a 1000 toneladas de cal virgem por dia.

A utilização da cal hidratada é muita difundida, principalmente em argamassas para assentamento de tijolos e revestimento de paredes, devido a algumas características da cal, como as relativas a trabalhabilidade e durabilidade das argamassas.

A cal hidratada tem características aglomerantes como o cimento, sendo que, enquanto o cimento reage com água (reação de hidratação do cimento), o endurecimento da cal aérea ocorre pelo contato com o ar. Essa reação transforma a cal hidratada num carbonato tão sólido quanto o calcário que a originou.

O uso da cal como aglomerante, no Brasil, deve-se: à dispersão geográfica das suas usinas de fabricação – face às ocorrências de calcários e dolomitos por quase todo o território nacional, à facilidade e abundância da sua oferta – ainda que para cales especiais, o suprimento às vezes implique transporte mais longo e ao seu baixo custo – o menor entre os reagentes químicos alcalinos e os aglomerantes cimentantes.



Fonte:
Site CacinaçãoMax

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Gesso

O Gesso

O gesso é conhecido a mais de 9000 anos .

O gesso é uma substância, normalmente vendida na forma de um pó branco, produzida a partir do mineral gipsita (também denominada gesso), composto basicamente de sulfato de cálcio hidratado. Quando a gipsita é esmagada e calcinada>, ela perde água, formando o gesso.

É produzido através de um processo de esmagamento e calcinação do "gypsum" (rocha sedimentaria), transformado em pó branco que misturado com agua endurece rapidamente.
Existem muitas variedades de gesso, cada uma adaptada a uma função de determinado trabalho:
ceramista, fundidor, decorador, dentista, etc.

Seca em pouco tempo, adquirindo sua forma definitiva em 8 a 12 minutos, é usado também para fundir molduras, na modelagem e fixação de placas para forro.
O gesso não é só bonito e barato, mas peças confeccionadas com este material apresentam bom isolamento térmico e acústico, além de manter equilibrada a humidade do ar em áreas fechadas , devido à sua facilidade em absorver água.
O critério para utilização de um tipo de gesso é dependente de seu uso e, como conseqüência, das propriedades físicas que esta aplicação em particular irá exigir. A nós interessa mais o gesso comum ( stucco) encontrado nas lojas de material de construção.

O gesso encontrado sob a forma de pó, blocos ou placas, presta-se a uma grande variedade de aplicações:

- como revestimento de paredes, no lugar da massa fina;
- para fundir molduras e na modelagem e fixação de placas para forro;
- fabricar peças como sancas, molduras para tetos, colunas e placas para composição de paredes e forros rebaixados, que permitem embutir caixas de som e spots de luz;
- como chapas de gesso acartonado (compostas basicamente por duas folhas de papel recheadas de gesso), também se prestam à execução de forros, além de permitir a construção de paredes divisórias.

Como endurecer o gesso?

No estágio 1 a mistura inicial do sulfato de cálcio semidratado e água .

No estágio 2 a reação com a água começa, e o precipitado de sulfato de cálcio desidratado forma os núcleos de cristalização.

No estágio 3 podemos observar o início do crescimento de cristais a partir dos núcleos.

No estágio 4 os cristais de sulfato de cálcio desidratado já estão bem crescidos. Para o crescimento dos cristais de sulfato de cálcio desidratado, a mistura consome água. O crescimento dos cristais e absorção d'água tornam a mistura viscosa.

No estágio 5 os cristais já se tocam e podemos dizer que aqui é o momento de pega inicial. Na prática é aqui que a mistura perde o brilho superficial devida a absorção d'água na formação do desidratado.

No estágio 6 todos cristais estão entrelaçados formando um corpo sólido


O trabalho no gesso

Apesar de endurecer muito rapidamente o gesso permite que você o esculpa depois de rígido... com uma ponta de faca, ou qualquer outra ferramenta, (martelo, serrote de aço, chave de fenda, esmeril, etc.) mais dura que ele.

Além de muito barato tem uma enorme gama de utilizações, entre elas a de produzir "protótipos" os mais diversos.

O objeto feito em gesso, quando cuidado pode durar muitos anos.

Pintado, encerado, envernizado, resinado, metalizado... liso ou com relevos,como sancas, molduras para tetos, colunas, placas para composição de paredes e forros rebaixados em vários pedaços encaixados, ou em peça única, é um maravilhoso material para também desenvolver a criatividade artística (esculturas, baixos e altos relevos, objetos utilitários, etc.).

Sua aplicação é rápida , porém quando se adquire um pouco de pratica o tempo não é problema

.

Como guardar o pó de gesso


1 - O gesso deve ser guardado em local longe de qualquer tipo de humidade (chuva, sereno, ducha, etc.).

2 - Forrar o lugar aonde vai colocar o saco para evitar a humidade do solo.

3 - Deve ser conservado na sua embalagem fechada até a hora de ser usado.

4 - Não se deve misturar gesso de épocas e marcas diferentes.


Processo Produtivo



Pedreira

Pedreira

O mineral de gesso encontra-se normalmente à superfície e em profundidades até vinte metros, extrai-se com a ajuda de explosões controladas que geram uma grande variedade de tamanhos de pedra.

Trituração

Trituração

A pedra reduz-se a tamanhos que não ultrapassam os vinte milímetros, mediante a utilização de moinhos de impacto e de mandíbulas, muito eficazes com este tipo de pedra. A homogeneização do tamanho do mineral de gesso permite uma maior regularidade no processo industrial de fabricação.

Cozedura

Cozedura

Para que o mineral se torne num produto útil para a construção, elimina-se parte da água contida na sua estrutura mediante a desidratação térmica executada em fornos rotativo especiais.

Moagem

Moagem

O gesso em forma de pó fino consegue-se fazendo-o passar por moinhos especiais combinados com crivos que asseguram uma granulometria adequada para a sua aplicação.

Regulações

Regulações

As propriedades básicas do gesso podem-se melhorar e modificar dando origem a novos produtos que respondam às necessidades dos nossos clientes...

Ensacamento

Ensacamento

O gesso como produto final comercializa-se em sacos de papel Kraft muito resistentes.


Fontes:
Sites FazFacil
Site PaleGessos

Peneiras Granulométricas

O controle granulométrico tem como finalidade:


Determinar a distribuição granulométrica de uma amostra de material (verificar se está condizente com a especificação requerida pelo fornecedor);


Avaliar a classificação realizada por um equipamento de peneiração;

Topologia das Rochas Ornamentais e de Revestimento

Do ponto de vista comercial, as rochas ornamentais e de revestimento são basicamente subdivididas em granitos e mármores. Como granitos, enquadram-se, genericamente, as rochas silicáticas, enquanto os mármores englobam, lato sensu, as rochas carbonáticas. Alguns outros tipos litológicos, incluídos no campo das rochas ornamentais, são os quartzitos, serpentinitos, travertinos e ardósias, também muito importantes setorialmente.


Para a distinção entre um granito (rocha silicática) e um mármore (rocha carbonática), dois procedimentos simples são recomendados: os granitos não são riscados por canivetes e chaves; os mármores, inclusive travertinos, são riscados por canivetes/chaves e reagem ao ataque de ácido clorídrico a 10% em volume, efervescendo tanto mais intensamente quanto maior o caráter calcítico (na falta de ácido clorídrico, pode-se pingar limão). Serpentinitos e ardósias não efervescem ou efervescem muito discretamente, e podem ser riscados por canivetes. Os quartzitos, muitas vezes assemelhados aos mármores, não são riscados por canivetes/chaves e nem efervescem com ácido clorídrico ou limão.


Rochas isótropas, sem orientação preferencial dos constituintes mineralógicos, são designadas homogêneas e mais utilizadas em obras de revestimento. Rochas anisótropas, com desenhos e orientação mineralógica, são chamadas movimentadas e mais utilizadas em peças isoladas, pois sua aplicação em revestimentos demanda apuro estético e caracteriza uma nova tendência de design, ainda não totalmente assimilada pela maioria dos consumidores tradicionais.


O padrão cromático é o principal atributo considerado para qualificação comercial de uma rocha. Em função das características cromáticas, os materiais são enquadrados como clássicos, comuns ou excepcionais. Os materiais clássicos não sofrem influência de modismos, incluindo mármores vermelhos, brancos, amarelos e negros, bem como granitos negros e vermelhos. Os materiais comuns ou de "batalha", de largo emprego em obras de revestimento, incluem mármores bege e acinzentados, além de granitos acinzentados, rosados e amarronzados. Os materiais excepcionais são normalmente utilizados para peças isoladas e pequenos revestimentos, abrangendo mármores azuis, violeta e verdes, além de granitos azuis, amarelos, multicores e brancos.


As designações comerciais aplicadas são muitas vezes exóticas e enganosas, não espelhando os parâmetros de cor e procedência dos materiais. As formas tradicionais de nomenclatura refletem tais parâmetros (p. ex.: Verde Candeias, Vermelho Capão Bonito, Rosa Sardo, etc.), devendo ser adotadas como base para identificação de novos materiais comercialmente tipificados.


Os produtos comerciais obtidos a partir da extração de blocos e serragem de chapas, que sofrem algum tipo de tratamento de superfície (sobretudo polimento e lustro), são designados como rochas processadas especiais. Tal é o caso dos materiais que no geral aceitam polimento e recebem calibração, abrangendo os mármores, granitos, quartzitos maciços e serpentinitos.


Os produtos comerciais normalmente utilizados com superfícies naturais em peças não calibradas, extraídos diretamente por delaminação mecânica de chapas na pedreira, são por sua vez designados como rochas processadas simples. Para ilustração refere-se que, no Brasil, tal é o caso dos quartzitos foliados (tipo pedra São Tomé, pedra mineira, pedra goiana, etc.), da pedra Cariri, dos basaltos gaúchos, da pedra Miracema, da pedra Macapá, da pedra Morisca, entre outras, referindo-se que apenas a pedra Cariri tem “origem carbonática”.


As ardósias recebem designação específica, sendo os nomes comerciais diferenciados pela cor da rocha. Os serpentinitos tem seus produtos comercializados sob a designação de mármores verdes.
Fonte:
Site AbiRochas

Normas Técnicas

Importância das Normas Técnicas

Alguns dos principais objetivos da ABNT são:

  • Promover a elaboração de normas técnicas e comentar seu uso nos campos científicos, técnicos, industrial, comercial, agrícola, de serviços e correlatos, mantendo-as atualizadas;
  • Incentivar e promover a participação das comunidades técnicas na pesquisa, no desenvolvimento e na difusão da normalização no pais;
  • Representar o Brasil nas entidades internacionais de normalização;
  • Colaborar com organismos de normalização estrangeiros, intercambiando normas e informações técnicas;
  • Conceder, diretamente ou por meio de terceiros, marca de conformidade e certificados de qualidade referentes a produtos e sistemas;
  • Prestar serviços no campo de normalização técnica;
  • Intermediar, juntos aos poderes públicos, os interesses da sociedade civil no tocante aos assuntos de normalização técnica.
Processo de elaboração de uma nova Norma

de Norma, com base no consenso de seus participantes; este A elaboração de uma nova norma tem início quando a sociedade manifesta a necessidade de uma norma; em seguida o Comitê Brasileiro (CB) analisa e inclui no seu programa de Normalização Setorial; então é criada uma Comissão de Estudo (CE) com a participação voluntária dos diversos segmentos da sociedade; a Comissão de Estudo elabora um ProjetoProjeto de Norma é submetido à votação nacional entre os associados da ABNT e demais interessados; as sugestões recebidas após a votação são analisadas pela Comissão de Estudo; e por fim a Norma Brasileira é impressa.

Processo de avaliação de uma nova tecnologia para a qual não existe norma especifica

A inexistência de normas não pode impedir a utilização de uma nova tecnologia, mesmo quando o risco de falha da mesma é maior do que o de uma tecnologia tradicional. Visando reduzir o risco, novas tecnologias são desenvolvidas de acordo com a teoria do desempenho, que seria a avaliação de desempenho de um determinado produto, com base na qualidade necessária para obter um trabalho seguro e confiável.

Certificação de um Produto

O Certificado de qualidade é dado para as empresas que provam que seus produtos ou serviços atendem suas devidas Normas, com isso elas podem demonstrar a qualidade de sua qualidade perante o mercado, aumentando assim sua competitividade.